My Little Cousin... Or Not! ( SoMic ) - Capitulo Único




Título: My Little Cousin.... Or Not
Subtítulo: Parecia que o maior prazer da vida dele era tornar a minha um inferno. E se esse for mesmo o objetivo dele, então ele conseguia todo santo ano
Descrição: “Percebi que amava ver ser rosto vermelho toda vez que eu dizia algo para te irritar, gostava da sua voz quando você gritava comigo e amava ver você tentando inventar provocações a altura das minhas. Aquilo me alimentava, porque afinal, era a única coisa que eu tinha de você.”
Couples: SoMic.
Gênero: Romance.
Escritora: Miih Aguiar
Créditos e Repost do: All My World is RBR


- Não demora muito para descer Sophia... – Escuto minha mãe gritar lá de baixo – O Pernil tá quase pronto, a gente sai daqui no máximo 10 minutos.
- Tudo bem mãe – Grito de volta enquanto arrumo meu cabelo.
Hoje é dia 24, são 20h13, e pra quem quiser saber, 13 segundos... 14... 15...

Enfim, já está mais do que na hora de ir para a casa da minha tia, irmã da minha mãe, onde a gente sempre passa o natal.
Argh, que droga!
Não que eu não goste de Natal. Eu amo o Natal. Todas as luzes que deixam a cidade com mais vida, todas as pessoas alegres por aí... É legal, só que... Vocês conhecem aquela história do priminho chato que não larga do seu pé?
Então... Essa é minha história. 
Micael Borges.
 Esse era o nome daquele filho da pu... Tá, não preciso xingar a mãe dele, ela não tem culpa.
Esse era nome daquele desgraçado. Pronto, assim está melhor. 
Ele inferniza a minha vida desde que eu me conheço por gente. É incrível. O menino enfezado aquele viu. 
Parecia que o maior prazer da vida dele era tornar a minha um inferno. E se esse for mesmo o objetivo dele, então ele conseguia todo santo ano.
Todo santo ano e uma vírgula, porque há três anos, apesar de aqui ter também, ele foi embora para fazer o Ensino Médio em outra cidade, uma bem longe daqui (Obrigada por isso senhor) e eu fiquei sem vê-o todo esse tempo. Só que agora, três anos depois, ele está de volta (Retiro o obrigada).
Naquela época eu estava terminando o oitavo ano, prestes a ir para o nono (Obvio né Sophia, se você tava terminado o oitavo, pro terceiro do colegial que você não ia).
Não liguem! Às vezes (em sempre) eu discuto comigo mesma.
De qualquer forma, hoje estou aqui, com 16 anos e no segundo ano.
Para aqueles que não sabem fazer contas, sim, eu e ele temos um ano de diferença. Pelo menos na escola, porque em idade temos um ano e meio, afinal, eu faço aniversario em maio, e ele em dezembro. Ou seja, ele acabou de completar 18.
Não me pergunte o porquê dele ter voltado para casa, sabendo que a coisa mais previsível a se fazer depois de terminar o Médio era prestar uma faculdade e ir para ainda mais longe daqui.
Mas como Mica Borges não era previsível... Aqui está ele.
E lá vou eu encontrá-lo depois de tempos de paz.
A musica não está completamente certa, depois do furacão pode até vir o arco-íris, o que se esqueceram de falar é que depois do arco-íris vem o furacão de novo.
( N/Mih: Acho que vocês não são como eu, que não consegue escutar uma musica em inglês sem ler a tradução, então para qualquer dúvida o trecho “Depois do furacão vem o arco-íris” é de Firework da Katy Perry)
Micael era a prova disso. 
Talvez até seja isso, ele deve ter voltado só para me irritar por mais um tempo. 
- Sophia, o Pernil tá prontinho, só falta você descer para que a gente possa ir – Minha mãe grita novamente interrompendo meus devaneios. 
- Já estou descendo mãe.
Vou até a cômoda e pego meus brincos. Volto para o banheiro para colocá-los.
Estou vestindo um vestido azul marinho com detalhes e dourado, tomara que caia, e justo no corpo. Vai até um palmo antes do meu joelho. O sapato dourado de salto, com um pouco menos de 10 centímetros. Meu cabelo está metade preso, metade solto. E os brincos terminam o look.
Saio do quarto e vou em direção as escadas bem na hora que escuto:
- Sophia Sampaio Abrahão. Vou ter que ir ai em cima te buscar?
- Não mamãe - digo enquanto desço as escadas – Eu já estou aqui.
- Ótimo. Vamos então.


A casa da minha tia não é muito longe da minha... Uns dez minutos de carro. Quando o carro para já eram 20h30.
- Chegamos – Diz meu pai parando na frente da casa que eu já conhecia por ser o centro do meu inferno pessoal. 
Olho pela janela. Nada está diferente. 
Meu pai vai abrir a porta para minha mãe, que sai do carro com o Pernil no colo. Minha tia e meu tio estão na porta esperando por nós.
Tudo igual.
Resolvo descer e encarar de vez aquilo tudo.
Enquanto caminho em direção a porta de entrada, onde todos já estão se cumprimentando, vejo minha tia chamar alguém dentro da casa. 
Só pode ser a peste.
Olho para o chão, para me privar de ver rosto da criatura enquanto eu ainda puder. 
- Oh Sophia, como você está linda – Escuto a voz de minha tia – Está se tornando uma verdadeira mulher.
Tia. Sinceramente acho que podia ser sinônimo de vergonha. 
- Olha quem voltou – Continua minha tia – Lembra-se do Micael né?
Como se fosse capaz de esquecer.
Ainda olhando para o chão, vejo um par de sapatos masculinos na minha frente, é não dá mais para adiar, vou ter que queimar meus olhos olhando para essa criatura.
Finalmente olho para cima e... Puta que pariu. 
Eu não esperava isso. Juro que não esperava.
Micael Borges estava na minha frente. E ele era um protagonista perfeito para o sonho erótico de qualquer garota.
Sem brincadeira. Eu não estava exagerando. 
Aquele cabelo que caia levemente sobre o rosto perfeito, aquela boca que tentaria qualquer mulher e aquele olhar... Aquele olhar que te faz esquecer quem você é. 
Sophia? Quem é Sophia?
Sem fala no corpo. 
Ele usava uma camisa social até os cotovelos, que parecia ser um numero menor do que ele usaria, porque ela estava justa, tanto o peitoral, quanto nos braços, permitindo-me ver os músculos escondidos pelo tecido. 
- Sophia? Você ainda está ai? – Escuto minha ia chamar e acordo da minha viagem pelos pequenos detalhes daquele corpo.
- Desculpa tia, eu fiquei meio fora de ar – Respondo meio sem graça, sem coragem de olhar para Micael de novo.
- Isso é perceptível.
E por fim eu escuto aquela voz.
Merda! Quando a voz daquele garoto tinha ficado tão rouca, e pronta para deixar qualquer ser do sexo feminino molhada apenas com palavras.
Ainda sem coragem de olhar para ele, continuo encarando minha tia.
- Bem, Micael, por favor, acompanhe a Sophia enquanto eu recebo os outros convidados – Titia pede enquanto vai se encontrar com outros convidados que acabaram de chegar.
Merda elevada ao quadrado.
- Ah – Diz ela se virando e olhando para nós dois em repreensão – Vocês já cresceram nada de brincadeiras infantis.
É titia, a gente cresceu... As brincadeiras agora não seriam nada infantis...
- Olá Sophia... – Escuto aquela mesma voz de arrepiar até o ultimo fio de cabelo... E não era de medo... – Quando tempo. Você... – Apesar de não estar olhando diretamente para ele sinto seu lhar me despir de cima a baixo – Cresceu.
 - Olá...– Respondo tentando parecer indiferente, mas sem querer esqueço com quem estou falando e acabo o encarando... Este foi meu erro. Ele me encara com a mesma cara de quem quer me infernizar de sempre, só que a agora ela estava um pouco diferente... Ele me olhava com um sorriso malicioso que me fez gaguejar -... Mi..mica..el.
- Está gaguejando Sophia – Ele diz em um tom falso de curiosidade, com o sarcasmo perceptível na voz – Algum problema? Tem alguma coisa te incomodando?
Olha, tem sim. Meu primo mala, que eu não vejo há três anos, cresceu e se tornou um homem gostoso pra cacete. E parece que ele sabe disso...
Isso era o que eu teria respondido se quisesse ser verdadeira, mas o que eu realmente disse foi o singelo:
- Nada – Eu o encaro – Não tem nada me incomodando.
- Que ótimo – Eu responde em seguida – Porque isso é minha obrigação.
É... Parece que algumas coisas não mudam. E nunca vão mudar.
- Hahaha muito engraçado Borges – Digo chamando-o pelo sobre nome. O que sei que ele odeia – Mas infelizmente você terá que qualquer suas piadas para você mesmo, porque eu vou entrar.
Dirigi-me para dentro da casa, não antes de escutar:
- Vai fugindo Abrahão... Corra enquanto pode, porque eu vou te pegar. E quando isso acontecer, eu não vou parar... 
Tá, admito, não deu para não pensar besteira com isso.


- Sente-se aqui Sophia – Escuto minha mãe chamando.
Olho no relógio, já são 21h00, também conhecida pela minha família como a hora da ceia.
Eu sei, acho que deveria ser mais tarde, mas fazer o que...
Dirijo-me para o lugar onde minha mãe aponta para eu sentar, na frente dela.
Assim que me sento meu olhar se encontra com o da pessoa que estou fugindo nos últimos 20 minutos.
Ele sorri. Desgraçado. Fica ainda mais lindo.
- Micael – Escuto novamente minha mãe – Sente-se ao lado de Soph, aposto que vocês têm muita coisa para conversar.
Opa! Coisa como: Explique-me como você ficou gostoso assim? Você prefere que eu fique por cima ou por baixo?
Se alguém perguntar eu não pensei isso.
- Claro tia – Escuto Mika dizer – Será um prazer.
E lá vem o arrepio de novo.
Minha mãe sorri em resposta e ele se senta ao meu lado.
Automaticamente tento levar minha cadeira mais para o lado oposto. 
- Qual é o problema... Soph? – Ele pergunta dizendo o meu apelido de uma maneira provocativa, e que no meu ponto de vista foi completamente sexy. A maneira com que ele mexeu os lábios, o tom de sua voz... Chega.
- Já disse que nenhum.
- Então porque está indo para longe de mim? Minha companhia te afeta
- Não. – Respondo rápido demais.
Ele ri e cruza os braços, flexionando aqueles músculos. 
É, seria um longo jantar.
Minha tia começa a colocar as coisas na mesa e aproveita para me perguntar aquele pergunta típica de tias:
- E então Soph... Como estão os namoradinhos.
Oh vida...
Quando eu vou responder, minha mãe resolve falar por mim.
E eu achando que não poderia ficar pior...
- Namoradinhos? Há, essa daí ta encalhada viu. 
Obrigada mamãe. Fiquei lisonjeada com seu elogio. 
Olha para Mika, que está com aquele maldito sorriso mais aberto do que nunca no rosto.  
E como se aquele fora já não fosse o suficiente...
- E você Mika? Como estão as namoradas?
Eu realmente achei que ele fosse dizer coisas tipo “Namorada nenhuma, mas peguetes de monte” 
Mas ele só disse:
- Nada de mais... – para um pouco e continua em seguida – To interessada e uma garota ai já faz uns tempos, mas se depender dela... – Ele diz e eu juro que escutei uma pitada de tristeza em sua voz.
- Se depender dela o que Micael? – Diz minha mãe – Se ela não te querer o azar é dela. 
- Isso eu vou ter que concordar com a senhora – Escuto Mika responder já voltando a ser o mesmo Micael idiota de sempre. 
- Azar? Tá mais pra sorte – resolvo dizer – Esse daí nem homem direito é.
Por sorte ou não, minha mãe tinha engatado uma conversa com minha avó, que estava do seu lado, e não tinha escutado o que eu tinha falado, senão vinha uma bronca daquelas.
- Sou o que então? – Mika pergunta.
- Um projeto, daqueles bem mal feitos.
- Acha que eu sou mal feito? – Ele pergunta maliciosamente.
Engulo seco. Se ele foi mal feito, eu então, nem se fala.
- Não vai responder?
- Acho que você não seria capaz de satisfazer uma mulher – Digo por fim, tentando irritá-lo.
Olho para ele que levanta uma sobrancelha como se dissesse “Acha mesmo”
- Bom – Ele diz – Seria um grande prazer provar que você está errada – enquanto ele diz isso ele coloca a mão no meu joelho e vai subindo lentamente.
Engulo em seco. Finjo que estou distraída colocando a bebida em meu copo mas na verdade estou completamente imersa na sensação de ter sua mão grande e masculina massageando minhas coxas. Seu polegar faz pequenos círculos em minha pele.
Não quero nem ver o sorriso dele. Porque afinal, eu não o impedi.
Respiro fundo e começo a pegar a comida. E infelizmente parece que o cara ao meu lado teve a mesma idéia... Ou fez de propósito. Isso eu nunca vou saber.
Inclinamos-nos ao mesmo tempo para pegar o Pernil, e nossos braços e mãos se tocaram.
Clichê demais eu dizer que senti uma corrente elétrica passar por todo o meu corpo?
- Pode pegar primeiro... Soph.
- Obrigada... Mika – retruco tentando fazer o mesmo tom de voz que ele usou, sem sucesso obvio – Não me lembrava devo ser tão cavalheiro – Digo sarcasticamente enquanto me levanto da cadeira e me inclino sobre ele para alcançar o arroz, deixando minhas costas e bunda um pouco em sua frente.
- É porque eu não sou – Ele responde – Só quis aproveitar a vista.
A tigela que estava na minha mão cai e esparrama todo arroz sobre a mesa.
- Sophia – minha mãe diz com surpresa, e um pouco brava – Olha a bagunça que você fez.
- Desculpa – Digo – Eu... Eu... Não estou muito bem. Acho que vou subir um pouco – Não era total mentira, estava mesmo com um pouco de dor de cabeça.
- Acho melhor mesmo – Diz minha mãe tentando limpar a bagunça – Precisa de alguma coisa?
- Não, já estou indo.
Vou em direção as escadas e quando já estou fora de vista subo correndo as escadas.
Quando chego lá em cima que me lembro de um detalhe.
Eu não estou na minha casa. Para onde vou?
Do meu lado esquerdo sei que tem banheiro, na minha frente, no final do corredor o quarto dos meus tios, agora do lado direito... O quarto da peste.
Acho melhor ir ao banheiro, né?
Entro abrir a porta, mas ela está trancada. Lembro-me de ter escutado minha tia comentando com alguém que o banheiro do andar superior estava quebrado.
Oh maravilha.
Vou até o quarto dos meus tios. Trancado também.
Só me reta uma opção.
Abro a porta do quarto de Micael e entro, fechando-a logo em seguida.
Olho ao redor. As paredes são brancas, com exceção de uma que é azul escura, cor que combina com os lençóis, que são azuis com detalhes em branco. A cama é de casal.
Espaçoso do jeito que aquele moleque já não tão moleque é, só podia ser.
Dos lados da cama tem criados mudos e na frente dela, encostada na parede uma escrivaninha. Do lado direito temos a porta do banheiro e do esquerdo o armário.
Era um quarto simples, sem muita coisa. 
Não poderia ser de outro jeito já que Mika tinha acabado de votar.
Vou até a cama e simplesmente me jogo.
A educação que se exploda. O quarto não é meu, mas ninguém mando ele ficar me provocando.
Deito-me e olho para o teto.
Não dá nem 10 segundos e escuto o barulho da porta sendo aberta e fechada logo em seguida.
- Não sabe bater – Digo nem me importando em olhar quem é.
- Bater porque se o quarto é meu.
É Sophia, hoje não é seu melhor dia.
- Ah, é você – Digo sentando na cama.
- Não, não. É o fantasma da ópera– Micael diz enquanto anda em direção a cama, onde senta na ponta.
- Antes ele do que você – Digo indo um pouco mais para trás.
- Fugindo de mim de novo Sophia? – Mika pergunta com a mesma cara que me desconcertou tantas vezes lá em baixo.
- Não idiota. Eu só estava tentando desancar. Mas tem um retardado que parece ter uma fixação doentia por mim que não me deixa em paz.
Ele sorri. E que sorriso.
- “Uma fixação doentia”? – Ele pergunta com a voz cheia de maliciosa – Não é pra tanto. O “doentia” ai você exagerou, mas a fixação... 
Remexo-me desconfortável.
Ele levanta e começa a andar pelo quarto. Um andar que se assemelha ao de um predador que rodeia sua presa.
Oh sim, eu estava fudida.
- Fixação... – Ele repete em voz baixa – É, eu realmente sempre fui meio obcecado em te provocar. Quando eu era criança eu ao sabia direito o porquê de gostar tanto de ver você bravinha – O sorriso torto não o abandona em nenhum momento – Mas como eu fui crescendo, eu fui percebendo algumas coisas...
“Percebi que amava ver ser rosto vermelho toda vez que eu dizia algo para te irritar, gostava da sua voz quando você gritava comigo e amava ver você tentando inventar provocações a altura das minhas. Aquilo me alimentava, porque afinal, era a única coisa que eu tinha de você.”
Olho para ele e faço cara de interrogação.
Ele suspira e continua a andar até parar de frente para a janela do quarto.
“A raiva. Sempre foi a única coisa que eu tive de você. O ódio que você tinha em mim te distanciava da indiferença que você poderia sentir”
Não me sentindo mais bem de ficar sentada, levanto-me e começo a andar na direção dele. Para quando estou de frente para as costas dele.
Ele observa atentamente a janela do quarto enquanto parece estar pensando. 
- E hoje eu encontro você aqui – Ele diz se virando para mim – Com esse corpo, que já era bonito, e agora é simplesmente uma maquina para enlouquecer homens. Usando esse vestido que dá um só uma amostra do que tem por baixo dele – ele começa a andar bem lentamente em minha direção.
- E ainda por cima, tenho que presenciar todas as deliciosas reações de seu corpo quando chego perto de você – Ele continua se aproximando – O seu peito subindo e descendo cada vez mais rápido pelo aumento de sua respiração. Suas pernas ficando bambas, suas mãos tremendo, sua boca se entreabrindo levemente e suas pupilas dilatando. Garota, tudo isso está me deixando louco.
Eu passei a ultima hora fugindo dele, fugido do que ele parecia me faze sentir e acabo de descobrir que ele... Sentia-se assim também com a minha presença.
- Eu sei –Ele pareceu ler meus pensamentos – Hoje pela primeira vez eu consegui te afetar sem nem precisa fazer brincadeirinhas... – Ele diz e eu ergo uma sobrancelha – Ta, algumas brincadeiras... Mas o que eu quero dizer é que você pareceu, pela primeira vez, olhar para mim... 
Ao terminar de dizer isso ele já se encontra a menos de meio metro de mim. Se eu esticasse meu braço conseguiria tocar nele.
Com esse pensamento minha mão começa a formigar com o desejo de sentir a textura de sua pele. 
Meus olhos viajam pelos pequenos detalhes de seu rosto.
Seus olhos, agora tão perto que é permitido ver as pequenas variações de tons castanhos. E sua boca, ali na minha frente, tão convidativa...
- E agora? – Escuto minha própria voz quebrar o silêncio que havia se instalado no ambiente.
Ele desvia o olhar dos meus olhos e começa a observar minha boca. 
Ele suspira e fecha os olhos por um instante. Quando volta abrir vejo neles desejo e luxuria... Um fogo alto, que estava prestes a me queimar...
E no momento era só isso que eu queria.
- E agora – Ele fala quebrando o resto de distância entre nós – E agora eu vou fazer o que quero desde o momento em que vi você hoje.
E ele me beijou.
Em um instante eu escutava sua voz e no outro na sentia seus lábios perfeitos sobre os meus. 
Suas duas mãos se encontravam do lado do meu rosto, me puxando para ele.
Uma delas desce lentamente para o meu pescoço, ombros, braços... Até chegar a minha cintura, onde ele dá um leve aperto, agarrando-me mais ainda a ele, prensando nossos corpos.
Já as minhas mãos, antes confusas, vão de encontro com seu peito, onde consigo sentir cada músculo por baixo do tecido de sua camiseta. Elas viajam lentamente para seus ombros e dali vão para seus cabelos, que eu puxo gentilmente.
Ele geme.
Sua língua contorna lentamente meus lábios pedindo passagem para dentro de minha boca. Pedido que é prontamente atendido.
Quando nossas línguas se tocam meu corpo inteiro estremece. Elas começam uma dança sensual única, como se já se conhecessem a tempos.
Não sei como, mas quando dou por mim já me encontro sendo prensada contra o colchão da cama.
A mão que segurava meu rosto desce para os ombros, e a outra sobe e para no decote do vestido.
Seus dedos começam a dedilhar calmamente o local, colocando a pressão certa. Eles vão descendo até alcançar a pequena parte dos meus seios expostas pelo decote.
Dessa vez sou eu que gemo.
Ele quebra o beijo só para começar a trilhar com sua boca um caminho, que começa pelo queixo e vai descendo pelo pescoço.
Ele dá pequenas lambidas e sucções, enquanto sobe para minha orelha, onde chupa o lóbulo dela.
Solto o ar, que nem sabia que estava prendendo.
Seus beijos descem novamente pelo pescoço e vão em direção a meus seios.
Suas mãos começam a afastar lentamente o tecido do vestido que cobre essa área até expor meus seios.
- Lindos – Ele diz em adoração enquanto suas mãos tocam meus seios, segurando-os e apertando levemente – Tão macios.
Seus polegares começam a brincar com meus mamilos e eu gemo quando sinto seus lábios sobre um deles.
Sua língua contorna meu mamilo algumas vezes antes dele abocanhá-lo de vez.
Um gemido alto sai por entre meus lábios.
Enquanto sua boca trabalha em um, suas mãos acariciam o outro. E logo ele troca.
Enquanto estou imersa nessas sensações, consigo sentir algo fazendo pressão em minha cintura.
Quando cai minha fixa sobre o que é eu dou um pequeno sorriso e flexiono meus quadris para cima, pressionado-o sobre sua ereção.
Ele gruni em desespero e continua sua trilha de beijos descendo por minha barriga, contornando meu umbigo. Ao passar por ele, já chegando na área da virilha, seus pequenos beijos passam a ser chupões que me fazer revirar os olhos de prazer.
De repente ele para e eu abro meus olhos, antes fechados, para olhá-lo.
Ele começa a puxar meu vestido por minhas pernas e assim que ele sai por completo. Mika o joga no chão e eu proveito e tiro meus sapatos com os próprios pés.
Para não dar tempo de ele me olhar, já que agora só estou de calcinha,  eu agarro a cola de sua blusa e puxo-o para mim, colando novamente nossos lábios.
Incrível, só nesse pequeno espaço de tempo eu já senti uma grande falta de ter sua boca na minha.
Minhas mãos se dirigem ao primeiro botão de sua camisa e eu começo a desabotoá-la.
Assim que termino, passo elas pelos ombros e taco pata algum canto do quanto.
Não perco tempo e começo a passar as mãos, primeiramente em seus largos e fortes ombros, descendo por seus braços. 
Ele geme gostando do meu toque e me joga novamente deitada na cama, por de baixo dele.
Minhas mãos continuam a viagem pelo seu corpo, agora pelo abdômen e pelas costas. 
Ele começa novamente a descer beijos, pelo meu colo, seios, barriga até chegar novamente na virilha, aonde começou.
Novamente ele se levanta, só que desça vez é para me olhar.
- Você sabe o quanto é linda Sophia?
Devo ter ficado um pimentão já que senti meu rosto queimar.
- Não devia ter vergonha disso – Mika diz começando a beijar o interior de minhas coxas. 
Suas mãos acariciam minhas pernas, até chegarem ao meu quadril.
Seus dedos enroscam na minha calcinha.
Eu congelo no lugar e Mika parece perceber minha hesitação.
- Hey – Ele pergunta com a voz macia – O que foi?
Bom, acho que já é hora de contar esse pequeno detalhe.
- Mika – Digo receosa – Não fica bravo comigo nem nada, mas... Eu sou virgem. 
Quando digo isso cobro minhas mãos em vergonha.
- Hey – Escuto sua voz já perto do meu rosto – Olha para mim princesa
. Ao seu chamada assim eu tiro as mãos do meu rosto e encontro seus olhos calmos.
- Não precisa ter vergonha – Ele continua – Se você não estiver pronta tudo bem.
- Sim– Digo espontaneamente assustando até a mim mesma – Sim Mika, eu estou pronta.
- Tem certeza Soph – Ele insiste passando sua mão em meu rosto em uma leve caricia – Não precisa fazer isso por mim, ou por...
- Não Mika, eu quero fazer isso. Eu estou pronta.
Ele então olha nos meus olhos e sorri antes de me dar um selinho e enganchar novamente seus dedos em minha calcinha, agora a abaixando.
Ele se levanta e tira minha calcinha, jogando em seguida.
Mika volta a beijar o interior de minhas coxas, subindo cada vez mais.
- Tão linda – Ele diz – Tão linda Soph.
Seus beijos chegam até o interior de minhas pernas e do nada sinto sua língua sobre meu clitóris.
Automaticamente eu agarro os lençóis e prendo a respiração.
Sua língua começa a circulá-lo lentamente e logo seus lábios estão sobre ele, chupando-o. 
Um gemido estrangulado sai dos meus lábios.
- Mika, por favor...
Ele finge não escutar e desce sua língua para a minha entrada. Ele lambe o local antes de penetrar sua língua ali.
Eu juro que vi estrelas.
Sua língua faz um vai e vem que me deixa meu fora de mim.
Lentamente solto o ar presos em meus pulmões.
- Por favor Mika – Suplico.
- Por favor o que – Ele se faz de desentendido.
- Por favor... – eu gemo – Preciso de você dentro de mim... 
Assim que escuta meu pedido ele se levanta e tira a calça junto com  a cueca boxer.
Sua ereção salta para fora e eu fico impressionada com o tamanho.
Ele olha para mim e ri.
- Eu ficaria lisonjeado com sua cara se não soubesse que você está com medo – Ele diz enquanto deita novamente sobre mim, se apoiando sobre um braço para não deixar tudo seu peso em mim. 
 Ele abre um pouco mais minhas pernas e se instala ai.
- Hey – ele diz – Olha para mim princesa.
Eu obedeço e encontro seu olhar cheio de ternura.
- Você realmente quer isso?
- Quero – respondo.
Assim que respondo ele se inclina sobre mim e abre a primeira gaveta do criado mudo, de onde tira uma camisinha.
- Então não precisa ter medo. Relaxe.
Eu suspiro e fecho meus olhos temendo em antecipação.
- Olhe para mim Soph – Pede Mika – quero olhar para seus olhos quando entrar em você.
E então, sinto-o entrando só com a cabecinha em mim.
Gemo pedindo por mais.
- Com calma minha linda.
Ele entra mais um pouco e eu cansada de esperar levando meus quadris capturado seu membro por completo.
Sinto meu minha virgindade se rompendo.
Eu dou um baixo grunido de dor. Era grande e eu era tão apertada.
- Oh – escuto ele gemer e olho para ele, encontrando-o de olhos fechados – Você é tão macia e apertada.
Não sei direito o porquê, mas fico feliz em ouvir aquilo.
Ele abre os olhos me encarando quando começa a se movimentar.
- Relaxa princesa ou vai doer mais.
Eu respiro fundo.
Seus movimentos são sutis, deixando-me sentir ele pouco a pouco, até me acostumar.
- Mika?
- Hum?
- Po..de.. Ir mais Rá..rápi..do – Digo gaguejando de prazer com as novas sensações.
Ele atende meu pedido no mesmo instante aumentando o ritmo de suas investidas.
Escutamos por um tempo somente meus gemidos, sua respiração pesada e nossos corpos de chocando.
Depois de muito, ou pouco tempo, não sei ao certo, começo a sentir que meu clímax se aproxima.
Fico rígida na hora.
- Acalme-se Soph – Micael diz e desce sua mão por minha virilha até alcançar meus clitóris.
Eu atinjo o orgasmo na hora.
Se meus gemidos já eram altos, agora então... Eu gritei.
- Mika...
Enquanto saboreio aquela sensação prolongada pelo aumente relativo das investidas de Micael, que chega ao seu clímax nem um minuto depois de mim, gemendo profundamente. Um som maravilhoso de se escutar.
Seu corpo cai sobre o meu enquanto tentamos recuperar o fôlego.
Ele rola para o meu lado e me puxa para deitar-me sobre seu peito.
Depois de um tempo assim ele quebra o silencio:
- Foi incrível princesa. Incrível.
Eu sorriu.
Com a sensação do orgasmo passando os pensamentos vão voltando.
- Mika – eu o chamo – O que vai ser nós agora? – Pergunto com receio da resposta.
- Como assim? – Ele pergunta de volta.
- Agora que você já teve o que queria... – Ele me corta.
- Acha que eu só queria sexo Soph? – Ele pergunta parecendo um pouco magoado – Realmente você não pensa muito bem sobre mim.
- Desculpa. Eu não quis ofender –Digo.
Ele suspira.
- Vai ser o que você quiser. Porque dependendo de mim você agora me pertence.
- Te pertenço? – Pergunto já me sentindo mias tranqüila.
- Sim, mas só se você quiser.
Levanto minha cabeça de seu peito e olho no seus olhos.
- E eu quero.
Assim que respondo, ele se levanta e me beija profundamente, mas rápido.
Nosso beijo e quebrado por batidas na porta.
- Sophia? – Escuto a voz de minha tia – Você melhorou? O Micael ta ai com você?
Eu olho par Mika que sorri e grita.
- To sim mãe... Vim pegar uma coisa no quarto e me encontrei com a Sophia, Ela já ta melhor. A gente já vai descer.
- Tudo bem então filho. Não demorem – Ela diz se afastando.
Solto o ar em alivio.
- Melhor nós irmos senão vão desconfiar – Eu digo me levantando, só que Mika segura meu braço e me puxa para ele, já em pé.
- Não antes de eu te fazer um ultimo pedido – ele diz.
Eu olho para ele e espero.
- Sophia Sampaio Abrahão – Ele pergunta – Quer ser minha namorada?
Olho incrédula para ele antes de sorrir e responder.
-É claro que quero – Digo e o beijo.
- Só me promete mais uma coisa... – Ele diz depois que nossos lábios se separam – Me promete que haverá muitas noites como essa.
Eu dou um tapa no seu braço.
- Tarado – Digo vestindo meu vestido – Mas sim, haverá.
Ele abre um sorriso imenso.
- Feliz natal priminha – Ele diz me agarrando por trás e beijando meu ombro.
- Feliz natal priminho.

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